sábado, 20 de fevereiro de 2010
Pernas e Perninhas
PERNAS E PERNINHAS
Pernas que cresceram trabalhando...
Pernas esguias e fortes.
Pernas que tanto lutaram.
Pernas que sustentaram com esforço uma família
Pernas de fé.
Pernas que se cansaram e se foram, caminhando para o céu...deixando só saudade.
Lágrimas doídas rolaram pelas pernas de amor
Deus se comoveu e mandou logo perninhas...
Perninhas que, finalmente, chegaram.
Perninhas que foram tão esperadas.
Lágrimas alegres rolaram pelas perninhas de amor.
Perninhas que balançavam dentro da barriga
Barriga que é fruto das pernas fortes.
Perninhas que nasceram e se agitavam
Perninhas que esperneiam e que estão crescendo a cada dia...
Pernas fortes...
Perninhas frágeis, mas corajosas.
Pernas que sustentaram
Perninhas que sustentarão.
Pernas e perninhas tão parecidas...
Que passaram e que estão passando por esta vida.
(Por Bethânia Santos - 20. 02. 2010)
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Nossos móbiles
Em uma dessas madrugadas, acordei com o Joaquim “conversando ao modo dele” com os bichinhos do móbile...Eu estava pronta para me levantar - antes que ele abrisse o berreiro - trocá-lo, dar a mamadeira e niná-lo, mas, simplesmente, fiquei observando...
Ele, tão inocente, olhava cada bichinho, balbuciava sons muito meigos, sorria. Por vezes, se sacudia todo, balançando bracinhos e perninhas. Estava lindo, iluminado pela luz branda do abajour. Parecia um bonequinho à pilha. Eu me encantava a cada gesto.
Os minutos foram se passando, e Joaquim continuava ‘seu amistoso diálogo’, enquanto meus olhos passeavam por todos os movimentos que fazia. Joaquim não me via. Tão pequenino, tão indefeso. Em sua inocência, brincava, descobria, olhava... E eu, logo ali, à sua direita.
Ele, tão inocente, olhava cada bichinho, balbuciava sons muito meigos, sorria. Por vezes, se sacudia todo, balançando bracinhos e perninhas. Estava lindo, iluminado pela luz branda do abajour. Parecia um bonequinho à pilha. Eu me encantava a cada gesto.
Os minutos foram se passando, e Joaquim continuava ‘seu amistoso diálogo’, enquanto meus olhos passeavam por todos os movimentos que fazia. Joaquim não me via. Tão pequenino, tão indefeso. Em sua inocência, brincava, descobria, olhava... E eu, logo ali, à sua direita.
Um simples movimento com a cabecinha e Joaquim poderia descobrir que eu o observava tão atentamente, que esquecia de todos os problemas....não via mais outras formas, outro foco. Meu anjinho com toda a atenção voltada para os bichinhos, e eu, com toda minha atenção voltada para ele.
Por um momento, imaginei que aquela cena em que eu estava vivendo, poderia ser um perfeito exemplo de como é Deus em nossa vida. Às vezes, estamos tão ocupados ou tão distraídos com alguma coisa, que não enxergamos o Senhor que nos observa atentamente, pronto para nos auxiliar ou nos socorrer ao primeiro choro, ao primeiro perigo, basta apenas inclinarmos um pouquinho a cabeça, procurarmos com mais cuidado...mas muitas vezes, só enxergamos os brinquedinhos, os bichinhos. Simplesmente, insistimos em não tirar os olhos do móbile.
Por um momento, imaginei que aquela cena em que eu estava vivendo, poderia ser um perfeito exemplo de como é Deus em nossa vida. Às vezes, estamos tão ocupados ou tão distraídos com alguma coisa, que não enxergamos o Senhor que nos observa atentamente, pronto para nos auxiliar ou nos socorrer ao primeiro choro, ao primeiro perigo, basta apenas inclinarmos um pouquinho a cabeça, procurarmos com mais cuidado...mas muitas vezes, só enxergamos os brinquedinhos, os bichinhos. Simplesmente, insistimos em não tirar os olhos do móbile.
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